Webinar apresenta livro sobre novas perspectivas na relação entre o semiárido e a educação
16 de junho de 2020 - 20:26
A Secretaria da Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria da Diversidade e Inclusão Educacional, traz a público o livro “Educação e Semiárido: novos olhares, novos caminhos”, cujo lançamento impresso será feito posteriormente. A edição será apresentada em webinar nesta terça-feira (16), a partir das 16h, pelos dois autores da obra, os professores Ítalo Renan Ferreira e Fábio José Cavalcanti. O evento faz parte dos “Diálogos sobre Educação Inclusiva”, dentro da programação da Conexão Seduc, com uma série de encontros virtuais voltados à toda a comunidade escolar.
A conferência online tem o propósito de levar para educadores, estudantes e familiares a reflexão sobre o semiárido em suas diversidades, motivando questionamentos e diálogos a respeito deste ambiente natural e procurando desconstruir visões deterministas formadas ao longo do tempo. A ideia é que o material fique à disposição de todas as escolas da rede pública estadual cearense.
O professor Ítalo Renan, coordenador do curso técnico em Meio Ambiente da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Salaberga Torquato Gomes de Matos, em Maranguape, entende que é necessário criar uma emancipação dos conceitos e das imagens que apresentam o semiárido apenas como ambiente de seca e pobreza.
“Espera-se, dessa forma, que a riqueza cultural, alimentar, natural e humana, presente no âmbito do semiárido, adquira seu lugar de destaque. Espera-se, também, que sejam superadas as ideias de combate à seca, erroneamente divulgadas e incentivadas, construindo, assim, um novo caminho rumo à convivência sustentável, equitativa, justa e democrática entre sociedade e meio ambiente natural”, explica.
Produção
Fábio José Cavalcanti, professor associado do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri (Urca), lembra que o livro é fruto de uma vasta atividade de pesquisa, elaborada durante meses de trabalho.
“Sob a hipótese de que é possível a convivência solidária e efetiva com o ambiente, refazemos no livro o trajeto histórico que nos trouxe até aqui, ao passo que analisamos potencialidades que podem nos conduzir às possíveis soluções diante dos impasses que permeiam os sertões cearenses. Nesse processo, nos quais os conflitos territoriais se reproduzem, recuperamos o protagonismo de sujeitos e sujeitas dessa epopeia sertaneja: povos originários, camponeses, povos negros, mulheres, assentados etc.”, esclarece.